quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Andrea Ramos

Querem conhecer a minha história? Não nasci num berço de ouro mas sim no hospital de Águeda. A beleza e carinho da minha mãe foram-me roubadas, pois fiquei sem ela aos três meses. A partir daqui todo o cenário se alterou. Vivi com os meus avós até à adolescência e comecei a trabalhar muito cedo, tendo saído da escola para gerar mais rendimento para casa, uma vez que nesta fase vivi com o meu pai, sua esposa e três irmãos. Soube mais tarde que tinha outra irmã.

Gostaria muito de ter seguido as artes, mas tal não foi possível. Os desenhos iam para exposição, eram elogiados pelos professores, não queriam que eu saísse pois viam o potencial em mim. Desenhava em cadernos e escrevia poemas. No 7º ano, fiz um monólogo para toda a escola. Comecei a cantar no coro e a ler poemas na igreja, em casamentos e acampamentos. 


Conheci um rapaz de Torres Vedras no CB nas Caldas da Rainha, namorámos, casámos, trabalhei muito e quando a minha filha era pequena, voltei à escola, à noite. Foi um tempo muito duro. Entretanto, nasceu o meu filho que necessitou de muitas terapias até à entrada do 1º ciclo.


Licenciei-me em Animação Sociocultural pela Escola Superior de Educação de Lisboa. Neste âmbito, estagiei na Ludoteca Girassol, no Clube Sénior, projeto da Câmara Municipal de Torres Vedras e na Unidade de Cuidados continuados, Encarnação. Fiz o Cap e durante vários anos lecionei Educação Moral e Religiosa Evangélica, onde desenvolvi muitos projetos: servindo o jantar no Serve The City, Palestras pelo Desafio Jovem, acampamentos da Adonia, Feirinhas de EMRE, onde colaborou a Cruz Azul, entre outras. Juntamente com o meu marido, Paulo Ramos, abrimos do zero a nossa atual empresa. 


Comecei a partilhar os meus poemas criando a página do Facebook - Escrever porquê. Pediam-me para escrever um livro, embora eu não acreditasse que alguém iria lê-lo (parvoíce minha?). Participei em Currículos «Tás com Deus» e no livro «Ser Mulher», NA edições, nas Revistas Novas de Alegria e Evellis (Rubrica Floresco e Crónicas da Né). Fui tirando pequenas formações na área criativa, na escrita e fiz o curso do Meibad de Professores de EBD. 


Como sempre acreditei no voluntariado, criei o Projeto Pintas de Felicidade (Pintas são as pessoas que levam a outros felicidade) para apoiar várias organizações. Integrei o Curso de Gestão das Organizações Sociais pela AESE Business School de Lisboa (um milagre pois já não havia vaga, mas quiseram conhecer o meu projeto solidário numa entrevista e…). 


Porque gosto muito de pessoas, sempre me preocupei com as novas gerações. No ano 2020 dei lugar a escutar o que Deus me estava a mostrar: um título de um livro, seja: (Muda) O Meu Nome, porém não sabia se o teria de ler, se ele existia. Pensei em segredo e decidi que iria escrever, perguntei a Deus por onde começar e Ele disse-me: «Eu já te dei». A partir daí, escrevi a história numa semana. Optei por fazer uma edição de autor para ajudar monetariamente alguns projetos, O Lar de Betânia e a Associação Família Conservadora. Quando o livro ficou pronto, foi o realizar de um sonho. Adolescentes começaram-me a dizer que o livro lhes dá auto-estima. A história fala de uma menina que não gosta do seu nome, os colegas faziam bullying com o nome, no entanto uma amiga mais velha e a família irão ajudá-la a ultrapassar obstáculos. Depois, através de uma menina de 9 anos, fui convidada para apresentar esse livro a turmas de 6º ano. Onde? Precisamente na minha cidade natal, numa das escolas onde eu estudei. Nessa fase, já tinha o livro Zezé, o miúdo guloso e assim, trabalhei com mais de 700 crianças e adolescentes. 


Esta história Zezé, o miúdo guloso tinha sido criada há uns anos, pois tinha realizado um teatro de sombras com várias turmas de 1º ciclo, numa escola em Torres Vedras. Faz a prevenção da obesidade infantil, fala da obediência aos pais, aborda a prevenção rodoviária e é um livro interativo. Com ele, apoio a Global Children´s Network.


No início de 2022 participo num workshop de escrita e outra coisa estranha acontece. Leio O meu mundo de papel a um grupo de adultos online e algumas pessoas começam a chorar. A escritora Leonor Tenreiro pediu-me para fazer dessa história um livro. Decidi ajudar o Centro de Acolhimento Temporário CAT Renascer, em Torres Vedras. Na semana passada, todas as crianças foram ao circo Vitor Hugo Cardinali, pois através das vendas paguei os bilhetes para crianças e técnicos. 


Muitas coisas poderiam ser contadas, cada detalhe como Deus me tem ajudado ao longo dos anos. Como o meu marido e filhos têm sido apoio neste meu percurso. No ano 2023 trabalhei com 3000 estudantes em Portugal, não é espetacular? Faço programas interativos, crio materiais, convido jovens e levo amigos da MPC para juntos passarmos mais valores à juventude. Sabem o que lhes digo? Que já não preciso mais procurar pela arte. Eles são arte. Todos os meus livros são ilustrados. Uma menina de 12 anos já ilustrou um livro meu. Apoio o talento dos outros.


Um dos meus lemas? Ajudar e motivar pessoas. Quero vê-las como Deus as vê. Quero aprender a compaixão mais e mais. Já fiz voluntariado com O Desafio Jovem, com os Semeadores de Alegria e com a Mocidade para Cristo em São Tomé. Desenvolvi um programa para gerar melhores relacionamentos entre pais e filhos, Cozinha esta ideia. Já o apresentei ao vivo e um Presidente de Junta veio dizer que o ajudou no casamento. 


As crianças continuam a dar-me a mão, a abraçar-me, os adolescentes a dizer que valeu a pena a apresentação, os professores a agradecer e a pedir para eu estar em todas as escolas de Portugal. Os leitores dizem-me o que as histórias os ajudaram, podem ler vários comentários no meu site www.andrearamos.pt. Incrível, não é? Existe algo mais motivador do que isto? E continuo a escrever, podem ler algumas das minhas crónicas no Megafone do Público.


2023 foi um ano produtivo. De forma a ajudar crianças para que não sejam abusadas e a dignificar quem o foi, a pedido da Margarida Ferraz, nasceu a história A Menina das Escadas. Fui convidada pela CPCJ para apresentar o livro a várias turmas e na Biblioteca de Ílhavo. Com esta obra quero apoiar também o Insight Projet do Luxemburgo. 


É assim, o efeito multiplicador de Deus. A inquietação vem, as ideias nascem, a vontade aumenta, criamos algo e Ele faz crescer. 


Em breve, mais um livro, Sosileto, o Ratinho Preto. Ele ficou assim pela mágoa, pela dor que o bullying dos irmãos lhe causava. Um dia isolou-se, não é o que acontece com adolescentes? Para saber o final da história, terão de ler o livro que tem ilustrações maravilhosas da Olga Neves. 


Esta é só parte da história. Os detalhes ficam para depois. Atualmente sou convidada para ir a escolas, empresas, igrejas, bibliotecas, ATL, Tv, Rádio, Centros de Dia e de crianças inadaptadas e irei até onde Deus me levar. Tenho uma missão no meu país. Deixarei um legado. Andrea Ramos Site: www.andrearamos.pt

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